Pela Paz em Moçambique!

clazuaDECLARAÇÃO DO ARCEBISPO DA BEIRA SOBRE OS ACONTECIMENTOS DA SEXTA-FEIRA, DIA 09 DE OUTUBRO, NA CIDADE DA BEIRA

Na passada sexta-feira, dia 09 de Outubro, apenas cinco dias após a nossa Festa da Paz, a nossa cidade da Beira esteve submetida a uma injusta situação de grave perigo. Essa situação de tensão, em que a Beira, de improviso, se encontrou envolvida, podia ter degenerado, se o bom senso de alguns não tivesse prevalecido. Se tão perigosa tensão tivesse passado à população, dificilmente teria sido controlável, senão com derramamento de muito sangue.

A presença dos mediadores nacionais e de outras personalidades, aliada ao sentido de responsabilidade de quem ali se encontrou a tomar decisões em tal conjuntura, contribuiu para o desfecho positivo da situação tão negativa e perigosa.

Mas foi certamente uma ferida profunda, no corpo da confiança mútua, indispensável para toda a forma de convivência civil e de democracia.

Preocupa-nos profundamente quanto aconteceu na nossa cidade da Beira, bem como o que está a acontecer em outros cantos do País. E mais profundamente nos preocupa o sermos forçados a reconhecer que há quem confie nas armas como meio de impor as suas próprias razões.

Quem escolhe o caminho da violência não é pelo bem do País. Além das trágicas mortes e das tantas lágrimas, comprometem o desenvolvimento do País, afastando possíveis investimentos, gastando recursos de que tanto o país precisa na sua luta contra a pobreza e fomentando tensão e agressividade nos cidadãos. Aliás, a escolha da violência em nada favorece os próprios grupos ou partidos que a ela recorrem. O povo, que é, afinal, o verdadeiro soberano, saberá reconhecer e definir quem é realmente pela Paz.

O uso da força, para desarmar o adversário, não pode dar os frutos ilusoriamente esperados. Além do derramamento de sangue, aumentará a sensação de exclusão e marginalização. Se não se desarmassem os corações, seria ilusório pensar que as armas não se podem facilmente voltar a adquirir.

Ninguém se deixe tentar pelo uso da violência. Nem os que tomam decisões políticas e militares, nem a população e cada um de nós. Vamos antes, todos, promover e valorizar todos os gestos e acções, que contribuam para a tão desejada e ameaçada Paz, de onde quer que eles venham.

Temos um só caminho, para a consolidação da Paz: é o caminho da reconciliação, da inclusão e da integração de todos os cidadãos na sociedade no respeito da justiça e  da verdade.

Os Bispos Católicos de Moçambique já manifestaram, de muitas e variadas formas, a sua preocupação, por quanto acontece contra a Paz.

Já escreveram cartas e comunicados. Já manifestaram aos nossos Governantes e líderes políticos a disponibilidade dos Bispos Católicos, para contribuírem para a consolidação da Paz, essa preocupação de todo o cidadão, e que, para ser seriamente efectiva, tem que envolver todas as forças vivas da nação.

Vimos reafirmar a nossa inteira disponibilidade. E já esta semana o fizemos, por escrito, dirigindo uma carta, pessoalmente, ao Presidente da República e ao da Renamo.

Os Bispos Católicos aliam-se a quantos amam a Paz, para procurarmos, juntos, os caminhos, que nos conduzam a todos à consolidação da Paz, a que Moçambique tem direito e de que tanto precisa.

Beira aos 15 de Outubro 2015

Cláudio Dalla Zuanna, Arcebispo da Beira

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7 de Tishrei de 5776

FELIZ E ABENÇOADO anoANO NOVO 5776!

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ex-reitor

jcordeiroNestes dias, decorre a visita ad limina dos bispos de Portugal. Entre eles, nosso antigo reitor d Colégio Português, agora D. José Cordeiro! Bendito seja o Senhor!

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perdoadas

francisO Papa Francisco declara hoje ter “decidido, não obstante qualquer disposição em contrário, conceder a todos os padres, para o ano do jubileu (2016), a capacidade de absolverem do pecado do aborto todos aqueles que o provocaram e que, de coração arrependido, peçam perdão. Os sacerdotes se preparem para esta grande tarefa sabendo conjugar palavras de acolhimento genuíno com uma reflexão que ajude a compreender o pecado cometido, e indicar um percurso de conversão autêntica para conseguir entender o verdadeiro e generoso perdão do Pai, que tudo renova com a sua presença.”19 de Outubro

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Pastoral bíblica

bibsetPor graça do Alto, tendo recebido a tarefa de coordenar a Pastoral bíblica na Diocese, depois de tomar parte no lançamento da Bíblia em txitxopi, para a qual em parte colaboramos no Maputo, no Secretariado Nacional, iniciamos agora com algumas acções mais concretas. Neste mês de Setembro, teremos encontros de implantação da Comissão nas paróquias do sul da Diocese; os encontros servirão também para uma primeira revisão bibliográfica na área. Belo arrancar no mês do nosso patrono, S. Jerónimo. Seja tudo para glória do Senhor!

Nos voltamos para a Bíblia com este espírito!bib1

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A caminho do reshit

Para glória da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, tivemos hoje um encontro preliminar no Centro de Guiúa, sobre os “Mártires de Guiúa”. Depois deste encontro, só nos resta pedir ao Senhor que a Sua graça inspire sempre os nossos passos, para que toda a nossa atividade tenha nEle o seu começo e nEle o seu cumprimento! Bendito seja Deus, o Senhor, agora e para sempre!DSCN0449 DSCN0450

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Nova era, Moçambique!

Ao celebramos 40 anos da independência de Moçambique, esperamos e sonhamos:

1. Que seja cimentada uma cultura de paz, na sã convivência, no diálogo, na tolerância, na abertura e disposição a estar bem com todos, custe o que custar (porque não indicar, por exemplo, governadores e administradores propostos pela oposição?…).

2. Investir seriamente em infraestruturas: mais estradas, pontes, escolas, hospitais, etc. e menos luxo, menos regalias, menos roubo dos bens públicos.

3. Maior equidade: elevar os salários dos funcionários públicos, reduzindo os salários astronómicos e regalias exorbitantes de uma faixa significativa da nomenclatura, culpada pela extrema pobreza de muitos moçambicanos. Uma redistribuição dos rendimentos permitiria que todos tivessem ao menos o mínimo para viver bem.

Ou todos nos beneficiamos desta era ou então o risco continuará a pairar sobre todos. Que reine o bom senso. Haja pazBeira ST15i

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Cordeiro de Deus… dai-nos a paz!

A celebração deste Domingo, do Corpus Domini, foi uma abençoada (até com chuva) oportunidade para reviver a presença real de Deus em nossa vida e confiar na sua eterna misericórdia, que nos anuncia dias de alegria e paz, na comunhão com o Senhor!

Dona nobis pacem

Agnus Dei

DSCN0206Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz!

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carta aberta pela paz

Senhor Presidente,

O País está cada dia se ressentindo da falta de paz. Não é só o turismo que não progride, não são só os investimentos que se retraem… é todo um ambiente de incerteza, de derrota, de fim que se vive cada dia e dá vontade de mudar de país, se isso fosse possível. Mas sabemos que V. Ex.cia pode mudar tudo isto e em pouco tempo. Como disse que estava aberto a ideias, aqui vai meu roteiro de paz, que acredito ser de muitos cidadãos:

1. Concorde com Dlakama para se apresentar uma lei comum na AR segundo a qual o partido com mais votos numa província pode apresentar ao PR 3 candidatos a governadores da província. Isso permitirá que Dlakama indique nomes de seus candidatos às províncias em que a Renamo teve mais votos. E esta parte ficava resolvida.

2. Coloque o governo alguns postos de chefia militar à disposição, e que a Renamo apresente ao PR 3 propostas para cada posto. Em concreto se estude o caso dos que podem ter sido injustiçados no passado. Este passo levaria a desmobilização das forças residuais e a incorporação de alguns no exército e na polícia. Por favor, estas forças não devem ter uma única cor, para o bem de todos nós. Com isto, Senhor Presidente, V.Excia faria o que deixaram por fazer J Chissano e A Guebuza e faria o país dar um grande salto.

3. Senhor Presidente, o Dlakama é seu irmão, é seu filho… não precisa de agenda para se encontrar com ele. Que esses encontros sejam muito frequentes, no mínio mensais, pelo menos nesta fase da encruzilhada em que estamos. Pelo povo! Por todos nós! Estamos cansados desta incerteza. Queremos paz! Pedimos paz, senhor presidente! E desde já muito obrigado, em nome de todo o povo moçambicano!

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Dia de AFRICA!

Carlos Lwanga, Matias Mulumba Kalemba, Kizito e companheiros

Carlos Lwanga, Matias Mulumba Kalemba, Kizito e companheiros Mártires de Uganda

Ao celebrarmos hoje os Santos Carlos Lwanga, Matias Mulumba Kalemba, Kizito e companheiros Mártires de Uganda, Padroeiros da África, celebramos a proteção de Deus para o nosso continente e em certo modo, 3 de Junho deveria ser considerado como o Dia de África! Este dia completa os eventos de 25 de Maio e lhes dá plenitude. Oxalá surjam muitas Comunidades, Paróquias, Seminários… com os nomes destes ilustres Antepassados. O mesmo digo dos Santos Agostinho, Cipriano, Cirilo, Atanásio, Felicidade, Perpétua. O Senhor faça prosperar todos que têm a sua proteção. Para glória da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo!

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